O Fluminense já caiu. Salvo uma dessas manifestações sobrenaturais que vez ou outra aparecem nos gramados mundo afora, será na Série B que o grande Tricolor jogará em 2010. Grande sim. Pela história, pela tradição, pelos esquadrões que já teve. Pequeno hoje. Pequeno, resignado e triste.
De certa forma, faz-se justiça. O torcedor pode ficar bravo, xingar, ameaçar, será compreendido. Mas desde 2001 o Tricolor está na elite brasileira de favor. Vamos apelar para a memória.
Em 1996, o Fluminense caiu. Veio, então, a histórica virada de mesa. Por uma série de irregularidades ocorridas na Copa do Brasil, mais especificamente em jogos entre Corinthians e Atlético-PR, decidiram pela permanência do Fluminense na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Além das competições diferentes, o Fluminense não havia sido favorecido nem prejudicado na Copa do Brasil. Mas tudo bem, adiante...
Em 1997...o Fluminense caiu. Aí não teve jeito, seria demais virar a mesa novamente. Que jogasse na Série B. Jogou em 1998 e...caiu. Foi para a Série C.
Veio o ano de 1999 e o que deveria ser o início da recuperação. Título da terceirona e acesso garantido à Série B. Enquanto o Fluminense comemorava, surgiu a confusão Sandro Hiroshi/São Paulo/Botafogo/Gama. Resumo da ópera: o Campeonato Brasileiro de 2000 seria organizado pelos clubes, chamado de Copa João Havelange.
Os clubes, então, organizaram a coisa do jeito que bem entenderam. Fizeram três "divisões" (lembram do Malutrom?) e lá estava o Fluminense na primeira. Até aí, tudo bem, não era a CBF na organização. Fim da Copa João Havelange, um tal de São Caetano jogou a final, o Vasco foi campeão depois do alambrado de São Januário e vamos em frente.
Em 2001, a CBF retoma o comando. E coloca o Fluminense na primeira divisão, junto com Bahia e São Caetano. Vejam, no último campeonato organizado pela entidade, o Tricolor tinha conquistado o acesso à Série B, não à Série A. Enfim, está lá até hoje. Bahia e São Caetano já foram. Falta o último.
Mas o Fluminense não cai por obra divina. Não cai por existir um dia após o outro. Cai pela própria incapacidade. Um bom elenco (sim, pega as escalações, tem jogadores experientes de de qualidade), mas que não se acerta. Não se vê entrosamento, padrão tático, conjunto. Como a água chegou àquela parte do corpo em que você sai nadando mesmo sem saber, hoje você vê um aglomerado de jogadores tentando resolver a parada sozinhos. Conca, um excelente jogador, aposta somente nas faltas. O clube gastou os tubos para trazer Fred, brigou na Justiça por Leandro Amaral e onde estão eles?
Se o ambiente interno não é bom, a tática é fazer igual ao Palmeiras de 93/94 e ao Corinthians de 1999. Os grupos não eram unidos, mas os jogadores combinavam: "Vamos ser campeões e depois cada um que vá para o seu canto".
Se o Fluminense tentar copiar o Flamengo de 1995, com o ataque dos sonhos que esqueceu que era preciso jogar, ou o Santos de 2000 e sua fogueira das vaidades, o medo nem será mais o da queda iminente. Será o de demorar para voltar.
De certa forma, faz-se justiça. O torcedor pode ficar bravo, xingar, ameaçar, será compreendido. Mas desde 2001 o Tricolor está na elite brasileira de favor. Vamos apelar para a memória.
Em 1996, o Fluminense caiu. Veio, então, a histórica virada de mesa. Por uma série de irregularidades ocorridas na Copa do Brasil, mais especificamente em jogos entre Corinthians e Atlético-PR, decidiram pela permanência do Fluminense na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Além das competições diferentes, o Fluminense não havia sido favorecido nem prejudicado na Copa do Brasil. Mas tudo bem, adiante...
Em 1997...o Fluminense caiu. Aí não teve jeito, seria demais virar a mesa novamente. Que jogasse na Série B. Jogou em 1998 e...caiu. Foi para a Série C.
Veio o ano de 1999 e o que deveria ser o início da recuperação. Título da terceirona e acesso garantido à Série B. Enquanto o Fluminense comemorava, surgiu a confusão Sandro Hiroshi/São Paulo/Botafogo/Gama. Resumo da ópera: o Campeonato Brasileiro de 2000 seria organizado pelos clubes, chamado de Copa João Havelange.
Os clubes, então, organizaram a coisa do jeito que bem entenderam. Fizeram três "divisões" (lembram do Malutrom?) e lá estava o Fluminense na primeira. Até aí, tudo bem, não era a CBF na organização. Fim da Copa João Havelange, um tal de São Caetano jogou a final, o Vasco foi campeão depois do alambrado de São Januário e vamos em frente.
Em 2001, a CBF retoma o comando. E coloca o Fluminense na primeira divisão, junto com Bahia e São Caetano. Vejam, no último campeonato organizado pela entidade, o Tricolor tinha conquistado o acesso à Série B, não à Série A. Enfim, está lá até hoje. Bahia e São Caetano já foram. Falta o último.
Mas o Fluminense não cai por obra divina. Não cai por existir um dia após o outro. Cai pela própria incapacidade. Um bom elenco (sim, pega as escalações, tem jogadores experientes de de qualidade), mas que não se acerta. Não se vê entrosamento, padrão tático, conjunto. Como a água chegou àquela parte do corpo em que você sai nadando mesmo sem saber, hoje você vê um aglomerado de jogadores tentando resolver a parada sozinhos. Conca, um excelente jogador, aposta somente nas faltas. O clube gastou os tubos para trazer Fred, brigou na Justiça por Leandro Amaral e onde estão eles?
Se o ambiente interno não é bom, a tática é fazer igual ao Palmeiras de 93/94 e ao Corinthians de 1999. Os grupos não eram unidos, mas os jogadores combinavam: "Vamos ser campeões e depois cada um que vá para o seu canto".
Se o Fluminense tentar copiar o Flamengo de 1995, com o ataque dos sonhos que esqueceu que era preciso jogar, ou o Santos de 2000 e sua fogueira das vaidades, o medo nem será mais o da queda iminente. Será o de demorar para voltar.
É verdade. O Fluminense está na elite por causa do tapetão que existia na época e foi injusto. Agora, o time pode tá pagando por isso. O Fluminense vai ter que subir no campo por que não tem mais essa de tapetão.
ResponderExcluir