"Estarrecido, meu caro. Estarrecido".
Começou desta maneira a mensagem enviada via WhatsApp para o Maurão.
Maurão, sim. Porque Mauro Beting é pouco.
Pouco para falar de alguém que recebe uma ligação às 19 horas e ouve: "Mauro, sou Paulo Rogério, estou começando a escrever a biografia do Fiori Gigliotti e o Marcelo, filho do Fiori, gostaria que o prefácio fosse escrito por você..."
E às 11 da manhã do dia seguinte ele envia uma mensagem perguntando meu e-mail para enviar o texto.
E o texto?? Ao estilo Mauro Beting.
Faz quase um ano que estive com ele pessoalmente, no café da área externa do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Mauro estava à vontade, parecia estar em casa. E, a bem da verdade, estava em casa. Porque ele pisou lá pela primeira vez aos nove anos de idade. Começou a vida profissional lá e tinha quase uma década de rádio.
Acompanhou o pai, trabalharam juntos e foi naquele microfone que ele anunciou que o pai tinha ido embora.
Quase dez anos de competência, profissionalismo e caráter.
Mas quem precisa disso?
Tudo isso passa a ser superficial diante do folclore, do pão e circo, da audiência.
Porque o que importa é a audiência.
Dizem que é a partir dela que o faturamento cresce.
O profissionalismo, a ética e a competência não aumentam o faturamento.
Com eles, sobe apenas uma tal de credibilidade.
Mas quem precisa dela diante do dinheiro a mais que entrou em virtude do folclore, do pão e circo, da audiência?
Mauro não é folclórico, não entra em pão e circo.
É apenas profissional e competente, além de ético.
Mas quem precisa da ética?
Ética não provoca aumento no faturamento.
Ética é dispensável, profissionalismo é dispensável, caráter é dispensável.
Mauro é dispensável.
Há quase um ano escreveu a respeito de Fiori Gigliotti.
Assim como Mauro, um profissional, competente e ético.
E também recebeu o devido bilhete azul.
Quem pecisava de Fiori?
Quem precisa de Mauro?
Viva o folclore, viva a audiência, viva o faturamento!
O resto? Bem, é resto...
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