E Di Matteo caiu. Está fora do Chelsea
A menos de um mês para o Mundial de Clubes.
'Europeus não ligam para o Mundial'.
Isso já foi mais forte. Hoje em dia não é bem assim.
O Corinthians acompanha à distância. absorvendo motivos para ficar confiante ou preocupado.
A confiança vem na clara desestruturação dos azuis londrinos. Algo que não é novo. Só tornou-se explícito a partir da derrota para a Juventus pela Champions League e a consequente queda do treinador.
Na teoria, um time que chega a uma competição nessas condições entra apenas para fazer figuração.
A preocupação vem da própria história recente do Chelsea e passa diretamente por Di Matteo.
Vamos voltar uns meses no tempo e ver em quais condições o treinador assumiu o comando do time.
O Chelsea havia acabado de dar um bico no maluco do André Villas-Boas, um portuga que conseguiu achar que o zagueiro Alex não servia.
O time não andava com ele, não tinha uma cara, uma identidade, um esquema tático.
Não rolava. Não estava dando certo.
Di Matteo estava lá no clube. Boleirão, conhecia o elenco, tinha a confiança dos jogadores.
Mandaram Villas-Ruins embora, Di Matteo virou interino.
Uma daquelas medidas provisórias que tornam-se definitivas.
E o Chelsea andou, caminhou, chegou. Campeão europeu. Nos pênaltis? Sem um futebol mágico? E quem precisa de futebol mágico quando levanta a taça?
Feio, porém eficiente.
E assim caminhava. Pensava no Mundial.
Não ganharia do Corinthians,
Sim, afirmo categoricamente.
Os dois jogam feio, ok? Só que o 'feio' do Corinthians é muito mais arrumado que o dos ingleses.
O 'feio' do Corinthians tem conjunto, entrosamento, confiança. Todo mundo sabe como proceder quando estiver com a bola e quando não estiver.
O Chelsea não tinha isso. Todo mundo corre e joga pro Fernando Torres. Se ele resolver se mexer, dá em alguma coisa.
Oscar chegou, mudou um pouco essa filosofia, mas não joga sozinho.
Continuava fácil a penetração na zaga com David Luiz e Terry.
Agora, muda o treinador. E o que pode acontecer?
O mesmo fenômeno Di Matteoino.
Coloca um boleirão que fale a língua dos caras e o time se acerta.
E aí o Corinthians começa a se preocupar.
Trazer alguém de fora, nome forte, consagrado, medalhão, dificilmente mudará o quadro.
Ao menos para o Mundial.
O cidadão teria pouco tempo para se apresentar, conhecer os caras, iniciar o trabalho e dar uma cara ao time. Daria certo em um prazo maior, não em uma competição que bate à porta.
São dois lados, portanto. O da desestruturação ou o do acerto comum quando um elenco não queria mais um treinador.
As próximas semanas mostrarão.
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