O 14 de maio de 2012 nasceu com a mesma cara do 14 de maio de 2001.
Uma segunda-feira fria, chuvosa, sem graça.
O 14 de maio de 2012 nasceu muito diferente do 14 de maio de 2001.
Uma segunda-feira fria, chuvosa e com fortíssimas lembranças dos fatos ocorridos domingo, no Morumbi.
E a diferença a partir daí passa a ser brutal.
A Rádio Bandeirantes entrevistou um garoto nascido em 2000.
Ele tinha um ano de idade e fatalmente não lembra do 13 de maio de 2001.
Não tem ideia do que passou quem viu o chute de Ricardinho entrando no gol de Fábio Costa, no jogo que simbolizou o marasmo.
Porque aos 12 anos, no dia 13 de maio de 2012, ele acompanhou in loco mais uma conquista, a que simbolizou a chamada "rotina de títulos".
Ele tinha 2 anos quando as pedaladas surgiram. Tinha 4 na conquista do segundo título nacional. Aos 6, viu a quebra do tabu em estaduais. Aos 7, comemorou o bi regional. E dos 10 aos 12 foram três estaduais, uma Copa do Brasil e uma Libertadores.
Sim, uma Libertadores e três estaduais seguidos.
A rotina desse garoto é muito diferente de perder um brasileiro aos 6 anos, ganhar um paulista aos 7 e viver ou tentar conviver sem nada por anos e anos.
Muito diferente de ouvir as desculpas, as histórias, o "ah, mas..."
"Ah, mas teve o melhor de todos".
"Ah, mas é bi mundial".
"Ah, mas parou uma guerra".
Ah, mas levou um couro no clássico, não chegou na decisão, ficou feliz porque venceu um grande, carimbou a faixa do campeão mesmo sem saber o que é ser campeão, viu os adversários levantando taças, viu a torcida adversária crescer...
Esse garoto é feliz. O 14 de maio é feliz, a realidade é feliz.
Não é um título para justificar tudo. É uma rotina de títulos e decisões.
Não é o passado. É o presente.
Não é o que o time fez. É o que faz.
É mudar a história de uma geração, é criar uma geração nova, é proporcionar um déja vù a quem já tinha visto.
É colocar graça em uma manhã fria e chuvosa...
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