Estou ainda assustado, triste, estarrecido, arrasado, ou tudo junto, para definir melhor.
Sid Mosca nos deixou.
Cloacyr Sidney Mosca tinha 74 anos e travou uma longa batalha contra o câncer.
Era um nome que estava na cabeça de muita gente.
Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Christian Fittipaldi, Rubens Barrichello, Felipe Massa, Tony Kanaan, Raul Boesel, Pedro Paulo Diniz, André Ribeiro, Keke Rosberg e outros, muitos outros.
Era ele quem confeccionava os capacetes de todos esses pilotos.
Mas o modelo mais famoso era fácil de detectar nas pistas.
O amarelo de Ayrton Senna.
Era Sid Mosca quem pintava o capacete do tricampeão.
Foi ele quem continuou a produzir réplicas do equipamento, vendidas até hoje como parte da linha de produtos licenciados.
Foi ele quem tentou selar a paz entre Senna e Piquet.
Pintou ainda os carros da Brabham, Lotus e Jordan.
Ex-piloto, Sid era mais que um bom profissional: era um amigo dos pilotos.
Tive o prazer e a honra de entrevistá-lo em outubro de 2008, quando o Expresso Popular publicou uma série de matérias sobre os 20 anos do primeiro título mundial de Ayrton Senna.
Sid Mosca recebeu a mim, ao repórter-fotográfico Luiz Fernando Menezes e ao motorista Joel em seu escritório, na Avenida Washington Luiz, em São Paulo.
No local, modelos originais da Jordan 1994 de Rubens Barrichello e da Sauber 2001 de Felipe Massa.
"Eles pedem para deixar os carros aqui", disse.
E Sid falou muito sobre a amizade com Ayrton. As conversas que eles mantinham, os assuntos fora do automobilismo, a sala onde conversavam, o dia em que Ayrton foi ao escritório logo após a conquista do mundial de 1988.
"Escutei um buzinaço, uma gritaria. Olhei lá fora e ele vinha atravessando a rua para vir aqui. Parecia ter esquecido que não era mais um piloto anônimo, mas um campeão do mundo.Foi andar na rua como anônimo e provocou tudo aquilo".
Ao final da entrevista (por sinal, difícil de encerrar, tamanha a simpatia e o conteúdo que ele tinha), Sid olhou para a Jordan e fez um convite ao repórter.
"Entra no cockpit".
Convite aceito, é evidente.
E Sid ensinou o passo a passo do que é chamado "vestir o carro": tirar o volante, ficar em pé no cockpit, jogar as pernas para dentro e por aí vai.
O repórter ouviu resignado. Respeito a um mestre.
Sid se foi.
As lembranças ficarão no Cemitério de Congonhas, onde também está o corpo de meu tio, Reinaldo, e na cabeça de muita gente.
Dentro e fora das pistas.
Fica a honra de ter falado com ele um dia.
E o lamento pela falta de oportunidade para um segundo encontro...
Sid Mosca nos deixou.
Cloacyr Sidney Mosca tinha 74 anos e travou uma longa batalha contra o câncer.
Era um nome que estava na cabeça de muita gente.
Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Christian Fittipaldi, Rubens Barrichello, Felipe Massa, Tony Kanaan, Raul Boesel, Pedro Paulo Diniz, André Ribeiro, Keke Rosberg e outros, muitos outros.
Era ele quem confeccionava os capacetes de todos esses pilotos.
Mas o modelo mais famoso era fácil de detectar nas pistas.
O amarelo de Ayrton Senna.
Era Sid Mosca quem pintava o capacete do tricampeão.
Foi ele quem continuou a produzir réplicas do equipamento, vendidas até hoje como parte da linha de produtos licenciados.
Foi ele quem tentou selar a paz entre Senna e Piquet.
Pintou ainda os carros da Brabham, Lotus e Jordan.
Ex-piloto, Sid era mais que um bom profissional: era um amigo dos pilotos.
Tive o prazer e a honra de entrevistá-lo em outubro de 2008, quando o Expresso Popular publicou uma série de matérias sobre os 20 anos do primeiro título mundial de Ayrton Senna.
Sid Mosca recebeu a mim, ao repórter-fotográfico Luiz Fernando Menezes e ao motorista Joel em seu escritório, na Avenida Washington Luiz, em São Paulo.
No local, modelos originais da Jordan 1994 de Rubens Barrichello e da Sauber 2001 de Felipe Massa.
"Eles pedem para deixar os carros aqui", disse.
E Sid falou muito sobre a amizade com Ayrton. As conversas que eles mantinham, os assuntos fora do automobilismo, a sala onde conversavam, o dia em que Ayrton foi ao escritório logo após a conquista do mundial de 1988.
"Escutei um buzinaço, uma gritaria. Olhei lá fora e ele vinha atravessando a rua para vir aqui. Parecia ter esquecido que não era mais um piloto anônimo, mas um campeão do mundo.Foi andar na rua como anônimo e provocou tudo aquilo".
Ao final da entrevista (por sinal, difícil de encerrar, tamanha a simpatia e o conteúdo que ele tinha), Sid olhou para a Jordan e fez um convite ao repórter.
"Entra no cockpit".
Convite aceito, é evidente.
E Sid ensinou o passo a passo do que é chamado "vestir o carro": tirar o volante, ficar em pé no cockpit, jogar as pernas para dentro e por aí vai.
O repórter ouviu resignado. Respeito a um mestre.
Sid se foi.
As lembranças ficarão no Cemitério de Congonhas, onde também está o corpo de meu tio, Reinaldo, e na cabeça de muita gente.
Dentro e fora das pistas.
Fica a honra de ter falado com ele um dia.
E o lamento pela falta de oportunidade para um segundo encontro...
Paulo, boa tarde! Que ele descanse em paz, pois a luta contra o câncer é algo muito doloroso. Perdi minha mãe dessa forma e sei o quanto sofre o cara que passa por isso.Mas, m melhor de tudo, são as boas lembranças. Essas, são eternas.
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