domingo, 17 de julho de 2011

Maravilhosa ilusão

Sinto-me um trouxa cada vez que penso que torci nesta Copa.
Principalmente ao constatar que aquilo que só veio à tona agora já acontecia naqueles tempos.
Resta o consolo de ter acordado cedo, sem que houvesse tempo para dar continuidade a essa ilusão.
Na França/98 já não se torcia mais.
Já se sabia como as coisas funcionavam.
O que veio depois foi apenas consequência.
Resta também a realização de ter visto, de saber como é, principalmente depois da frustração hispânica em 1982 e de só ouvir falar sobre 70, 70 e...mais 70...
É uma lástima, mas quem cuida da Seleção me levou a isso.
E levou muita gente junto.
Há quem ainda viva nesse mundo paralelo, esse mundo de "vai ser 3 a 0 Brasiiiiiiiiiiiil".
Normalmente, me acusam de não ser brasileiro.
Francamente, acho que sou mais brasileiro que eles.
Ao menos fico indignado ao ver meu dinheiro indo para as mãos de uns e outros.
Os mesmos que iludem e enganam os que me acusam de não ser brasileiro.
Estas cenas aconteceram há exatos 17 anos.
Dia 17 de julho de 1994...








Um comentário :

  1. Boa tarde, Paulo! Acho que o grande legado que a administração Teixeira deixará (sim, um dia ele vai sair, nem que seja em sua morte!) é conseguir matar a paixão de alguns torcedores pela Seleção. Hoje, a Seleção é DELE, o time da CBF, então só torce pelo time dele quem gosta ou tem algum interesse nele. Para aqueles que veem seus defeitos, fica essa impossibilidade estranha de não se conseguir mais ver um jogo do time da CBF.Há alguns anos, seria inimaginável pra mim não ver um jogo do "escrete canarinho".Agora, isso é passado, com até uma ponta de vergonha, pois não consigo mais me empolgar. Pode ser porque agora a gente tenha acesso a informações que antes não eram divulgadas. Ou porque a cara de pau dos dirigentes passou dos limites. Ou também por um pouco dos dois com uma pitada de certeza de impunidade.No fim, nos resta o protesto silencioso de não assistir ao jogo. Abraços!

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