Foi na terça-feira, mas só deu para repercutir agora.
Adrian Newey, projetista da Williams em 1994, disse ao "Guardian" que um furo no pneu traseiro direito do carro de Ayrton Senna pode ter sido a causa da tagédia do GP de San Marino em 1994.
Até hoje, tudo apontou para a coluna de direção. Newey admite que havia problemas ali, mas disse que o comportamento do carro na hora do acidente não se enquadrava a esse tipo de falha.
“A verdade é que ninguém jamais saberá exatamente o que aconteceu. Não existe dúvida que a coluna da direção falhou e a grande questão é se quebrou no acidente ou se causou o acidente. Existiam fissuras de fadiga e teria quebrado em algum momento. Não existe dúvida que o projeto foi ruim. No entanto, todas as evidências apontam que o carro não saiu da pista devido a uma quebra da coluna”.
Ele disse ainda que, pelos dados da telemetria, Senna teria sentido e tentado corrigir uma provável saída de traseira do seu Williams. “Se você olhar as tomadas das câmeras, especialmente do carro de Michael Schumacher, o carro não saiu de frente. Ele saiu de traseira, o que não condiz com uma quebra da coluna. A questão é por que a traseira saiu? O carro bateu no chão mais forte do que o normal na segunda volta, pois a pressão do pneu já deveria ter subido, o que faz você pensar que o pneu traseiro direito provavelmente furou devido a algum detrito na pista”.
Os dados da telemetria mostraram que Ayrton, em 13 décimos de segundo, ou seja, no exato instante em que a Williams ficou sem controle, vinha a 307 km/h, aliviou o acelerador, tentou corrigir o volante, encostou na embreagem, voltou a tocar o acelerador e freou bruscamente.
Bateu a 216 km/h.
Newey disse bem: ninguém jamais saberá o que realmente aconteceu.
Até porque as evidências foram apagadas no tempo devido.
E ele iria querer tirar o dele da reta, é lógico.
Em 2009, o mestre Cláudio Carsughi disse a este jornalista que houve uma sucessão de erros.
A começar por Ayrton, que, na ânsia de vencer e vencer, mandou a Williams mexer na coluna de direção em menos de uma semana, sem tempo hábil para testes.
O segundo, da equipe, que não o convenceu a esperar o período pós-Ímola, quando haveria um tempinho de folga e o trabalho poderia ter sido feito na sede do time.
"Foi um servicinho", resumiu o mestre, que não tem dúvidas em afirmar que o brasileiro morreu na pista.
Enfim...vê aí a imagem a partir da Benetton de Michael Schumacher.
Eu ainda acho que foi a coluna de direção...
Essa historia voltar ao noticiário após 17 anos prova o quanto a morte de Senna foi chocante. E acho meio absurdo colocar a culpa no pneu. Era a hora do Senna mesmo, viu...
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