Mais que um treinador de ponta, Muricy Ramalho é o fator que manterá o Santos respirando por aparelhos na área política.
Tornar-se-á o principal argumento para evitar a fúria popular se duas tragédias iminentes se confirmarem.
A eliminação precoce na Libertadores e a perda de Paulo Henrique Ganso.
Ainda mais se o jogador vestir a camisa do Corinthians num futuro próximo.
Em um ano de eleições, seriam os dois argumentos básicos que a oposição precisaria para abrir a campanha.
E seria muito mais fácil ao associado considerar essas duas questões do que levar em conta o primeiro semestre de 2010.
Memória recente é a mais forte. Sempre.
Por mais que o imbróglio com Ganso tenha origem na administração que hoje faz oposição, caberia à atual situação saber administrar.
Esse é o argumento.
Se o jogador for embora, terá ido na atual administração, não na anterior, que abriu o caminho para toda essa celeuma.
E a má condução do caso, junto com uma possível saída da Libertadores antes do esperado, podem provocar o óbito político do atual comando.
É aí que Muricy entra.
Com quatro títulos conquistados nas últimas cinco edições do Campeonato Brasileiro, o treinador daria uma esperança de que o segundo semestre vai andar como o torcedor quer e imagina.
Se vence o Brasileirão, acabou, porque as eleições acontecem no fim do ano.
Se perde, ainda cabe o argumento do "nós tentamos", o mesmo usado no final de 2001 e que reelegeu a gestão anterior.
Os 90 minutos diante do Colo Colo dirão muita coisa.
Darão um pequeno parâmetro de como serão os próximos meses.
Ganso e Muricy se responsabilizam pela finalização do script.
E o associado irá aplaudir ou vaiar no final do ano.
Antes disso, haverá grandes incêndios nesse teatro...
Paulo, bom dia! Em que pese os erros cometidos (todo mundo erra...) a gestão LAOR tem coisas boas ao clube. A mudança do estatuto foi, pra mim, a grande conquista dessa gestão, já que o time de 2010 praticamente caiu no colo do Dorival. Mas, mesmo com o "desmembramento" dos princiais jogadores do Santos, a atual gestão tentou resolver na base da truculência, pois foi na Justiça desfazer o que a gestão anterior fez. Eu acho que esse foi o grande erro, pois provocou a ira de gente que não tem escrúpulos e que vê na venda do PH Ganso a maneira de se vingar da atual diretoria. O resto, é só chumbo trocado. Abraços!
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