terça-feira, 5 de abril de 2011

Roteiro em fase de finalização

Mais que um treinador de ponta, Muricy Ramalho é o fator que manterá o Santos respirando por aparelhos na área política.

Tornar-se-á o principal argumento para evitar a fúria popular se duas tragédias iminentes se confirmarem.

A eliminação precoce na Libertadores e a perda de Paulo Henrique Ganso.

Ainda mais se o jogador vestir a camisa do Corinthians num futuro próximo.

Em um ano de eleições, seriam os dois argumentos básicos que a oposição precisaria para abrir a campanha.

E seria muito mais fácil ao associado considerar essas duas questões do que levar em conta o primeiro semestre de 2010.

Memória recente é a mais forte. Sempre.

Por mais que o imbróglio com Ganso tenha origem na administração que hoje faz oposição, caberia à atual situação saber administrar.

Esse é o argumento.

Se o jogador for embora, terá ido na atual administração, não na anterior, que abriu o caminho para toda essa celeuma.

E a má condução do caso, junto com uma possível saída da Libertadores antes do esperado, podem provocar o óbito político do atual comando.

É aí que Muricy entra.

Com quatro títulos conquistados nas últimas cinco edições do Campeonato Brasileiro, o treinador daria uma esperança de que o segundo semestre vai andar como o torcedor quer e imagina.

Se vence o Brasileirão, acabou, porque as eleições acontecem no fim do ano.

Se perde, ainda cabe o argumento do "nós tentamos", o mesmo usado no final de 2001 e que reelegeu a gestão anterior.

Os 90 minutos diante do Colo Colo dirão muita coisa.

Darão um pequeno parâmetro de como serão os próximos meses.

Ganso e Muricy se responsabilizam pela finalização do script.

E o associado irá aplaudir ou vaiar no final do ano.

Antes disso, haverá grandes incêndios nesse teatro...

Um comentário :

  1. Paulo, bom dia! Em que pese os erros cometidos (todo mundo erra...) a gestão LAOR tem coisas boas ao clube. A mudança do estatuto foi, pra mim, a grande conquista dessa gestão, já que o time de 2010 praticamente caiu no colo do Dorival. Mas, mesmo com o "desmembramento" dos princiais jogadores do Santos, a atual gestão tentou resolver na base da truculência, pois foi na Justiça desfazer o que a gestão anterior fez. Eu acho que esse foi o grande erro, pois provocou a ira de gente que não tem escrúpulos e que vê na venda do PH Ganso a maneira de se vingar da atual diretoria. O resto, é só chumbo trocado. Abraços!

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