Eu avisei mais de uma vez: o Palmeiras é um time oscilante. As comemorações na Vila Belmiro haviam sido um exagero. O Santos não estava menosprezando ninguém e não havia motivos para Diego Souza & cia sentirem-se ofendidos.
O que o Palmeiras fez há uma semana foi vencer um clássico com todos os méritos. Virou um jogo pra cima de um time que não perdia há 12 partidas e que vinha, sim, dando espetáculo. E o Verdão saiu da Vila Belmiro recebendo os parabéns pelo feito, cumprimentos justos, por sinal. Porém, daí a entender que todos os problemas estavam resolvidos, havia um oceano.
Os colegas da Imprensa entraram na onda. Depois de três vitórias seguidas, o Palmeiras era uma maravilha e, Antônio Carlos, um gênio. Não é assim. O Palmeiras é um time bom, mas que oscila. E Antônio Carlos está tendo a primeira oportunidade como treinador em um clube de ponta. As coisas precisam ser avaliadas com mais calma.
Mas esse é o mal de parte da crônica esportiva: fazer parte da torcida organizada do Jornalismo FC, jamais revelar o time para o qual torce em nome do profissionalismo e colocar o coração na ponta da caneta. Ou, simplesmente, buscar a audiência. Fala aquilo que o torcedor gosta que o Ibope agradece. E isso não é Jornalismo.
Voltando ao futebol, o Palmeiras é assim mesmo. Um time bom, que pode ir longe, mas precisa de um algo a mais. Talvez seja a gana que teve na Vila Belmiro. Se o Verdão jogar com a mesma raiva, a mesma vontade e a mesma determinação que teve no clássico, pode ir mais longe. Enquanto não adotar essa prática, vai acumular derrotas em casa. Contra a Ponte Preta, foi a terceira. Até quando o torcedor vai tolerar? Vai saber...
Nenhum comentário :
Postar um comentário