Mano Menezes sofreu em Campinas sua maior derrota desde que chegou ao Corinthians. Se o time perdeu para a Ponte Preta, o que não é nenhum absurdo, Mano perdeu para Finazzi.
Finazzi foi contratado em 2007 para ter sua primeira oportunidade em um grande clube. Não é nenhum gênio da bola, mas vinha bem para os padrões dele, talvez não tão bem para os padrões de um exigente Corinthians. O importante é que fazia os gols dele e não comprometia. Mas teve problemas com Mano. Dizem que a questão seria extra-campo, aquelas coisinhas que acontecem no futebol dos empresários. Fato é que Finazzi caiu em desgraça com o treinador.
Como Mano jamais viveu uma fase ruim no Parque São Jorge, pouca gente se importou com a saída do atacante. Mano devolveu o Corinthians à Série A do Brasileiro, foi campeão paulista invicto e levou também a Copa do Brasil de 2009, colocou o time na Libertadores no ano do centenário e vive uma lua-de-mel com a parte da torcida que interessa. Quem ligaria para Finazzi?
Mas o atacante rodou por alguns clubes, o mundo girou e finalmente Mano e Finazzi se encontraram em Campinas. O treinador levava a melhor com o gol do bom volante Jucilei, quando Finazzi sofreu um pênalti que Fabiano Gadelha não desperdiçou. Minutos depois, o atacante escora um cruzamento, vira o jogo e decreta o fim da invencibilidade corintiana no Paulistão. Foram 28 jogos, quase dois anos sem perder.
Finazzi ficou bem caladinho. Deu a resposta em campo. Mano não deixou de mandar aquele irritante sorriso irônico. "Não se pode ganhar todas", disse. É verdade. Perder faz parte; perder no Campeonato Paulista não é nenhuma vergonha. Perder para a Ponte Preta em Campinas por um placar apertado é absolutamente aceitável. Perder para Finazzi é algo que Mano não vai esquecer tão cedo...
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