sexta-feira, 1 de março de 2013

Antes ele

Morreu.
Antes ele do que eu.
Eu não estava lá. Não fui, não iria. E se fosse, ficaria em outro setor. Não levaria nada que fosse abastecido com chamas, fogo, calor. E me posicionaria longe de quem usa essas coisas.
Estava no sofá, vendo pela TV, com opções de transmissões, mas vendo a que dá mais audiência. Talvez para criticar nas redes sociais, acusar de parcialidade.
Mas aí morreu, aconteceu, já foi, se foi.
Acontece, sempre pode acontecer.
Então, que se aproveite a situação. Que aproveitemos a situação. Que nos aproveitemos da situação.
Porque o que for falado repercute. O que for repercutido provoca aumento da fama, do conhecimento.
É a tal da audiência. O fim que justifica os meios.
O apresentador aparece mais que a notícia. O torcedor vai à Justiça garantir seu direito de aparecer, de ser a notícia.
Que se mostre, que se explore, que se procure frases de efeito.
São bonitas, as pessoas encaminham, retweetam, curtem, compartilham, dizem que também estão sentindo, concordam.
Que se busquem soluções. Aquelas que jamais serão colocadas em prática, mas renderão um pouco de fama, talvez por um pouco mais de 15 minutos.
E a razão disso?
Putz, esqueci.
Ah, sim, é verdade. Morreu.
Antes ele do que eu...

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