'Sebastian Vettel só chegou onde chegou por ter o melhor carro'.
'Sebastian Vettel só chegou onde chegou por não ter adversários'.
'Quero ver Vettel vencer com um carro inferior'.
Sim, a cultura da diminuição dos méritos é bastante comum.
O camarada está na frente, vence, se destaca, supera, sempre com um 'mas', 'porém', 'entretanto', 'e se'.
O campeão mundial de Fórmula 1 é o cidadão que soma mais pontos ao longo da temporada.
Algum mérito o cara tem que ter.
A Red Bull tem lá sua vantagem em relação aos outros, mas está muito longe de ser a McLaren de 88/89, Williams de 92/93 ou a Ferrari a partir do 5º ano de Schumacher. Havia uma torcida por chuva em Interlagos, que daria uma esperança aos cavalinhos rampantes.
Um carro perfeito seria o melhor no seco e no molhado.
Vettel foi tri tri, tri seguido. Prost foi tetra, mas não tri seguido. Senna e Piquet foram tri, mas não seguidamente. Só Fangio e Schumacher haviam sido tri. E nenhum deles aos 25 anos.
'Ah, mas todos eles tinham adversários'
Não há como fechar os olhos para Alonso e Hamilton.
Deixa o menino curtir o momento.
Porque o espetacular Schumacher não tinha adversários, o estupendo Prost não era ousado e o mito Senna enfrentava seus 'mas, porém, entretanto'.
Talvez um dia Vettel tenha seu feito devidamente reconhecido.
Mas não enquanto estiver nas pistas...
Nenhum comentário :
Postar um comentário