A Williams ia anunciar a contratação de Kimi Raikkönen em Abu Dhabi.
Por enquanto, não anunciou.
E quem cravou continua no aguardo.
Vai que...
E se não for, tudo bem. O importante é que você tinha a informação.
Porque o que realmente importa não é a verdade. É o furo. Não o furo no sentido da exclusividade, da informação que só você tinha, só você bancou, só você cravou. E ela se tornou verdade. O que importa é chegar na frente, informar antes, colocar o boné escrito 1st, pegar o troféu maior e estourar o champagne.
Todo mundo deu a mesma notócia. Provavelmente o outro veículo tem mais audiência que o seu, mas você deu na frente.
"Dá credibilidade", dizem.
E quando não se concretiza? "Ah, mas que eu tinha a informação, eu tinha".
Porque hoje você pode afirmar o que quiser, desde que coloque uma vírgula logo após a informação e completar a frase com "diz jornal" ou "diz site".
O jornal diz, a revista afirma, o site crava.
Neymar, até ter a permanência anunciada com pompas, circunstâncias e tudo o mais, foi vendido pelo menos 794 vezes. A maioria delas em Santos, porque o primo do irmão do cunhado da vizinha da amiga da minha filha no colégio cuja tia teve uma empregada que trabalhou durante três dias na casa do Neymar afirmou categoricamente que o moleque tem passaporte europeu.
"Você não saba disso? Não acredito que um jornalista esportivo não sabe disso".
Ou seja, o Santos pode até dizer que ele fica, mas ele vai. Porque eu tenho a informação.
Falar a verdade? Só se for antes de todo mundo...
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