segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Escassez

O dia tem 24 horas (ou 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, de acordo com os professores de Geografia). Uma semana tem sete dias. Multiplicando 7 por 24, chegamos à conclusão de que uma semana tem 168 horas. É esse o período que falta para o fim do marasmo.
A temporada do futebol brasileiro dura 11 meses. O mês restante é dedicado às férias. E como esses 30 dias demoram a passar...
Jornais, sites e qualquer outro informativo dedicam o espaço e o tempo obrigatórios às restropectivas, às entrevistas com jogadores que estão passeando em qualquer lugar do Brasil, aos jogos beneficentes e, principalmente, às especulações. E mesmo esse último quesito anda bem enfraquecido.
Um exemplo clássico: as vendas de jornais impressos e os acessos aos sites devem ter crescido assustadoramente com as notícias do interesse do Santos pelo Marquinhos. Justifica-se: um jogador que passa por São Paulo e Flamengo, vai se destacar no Avaí e é mais conhecido por ter virado personagem do Rock & Gol do que pelo futebol apresentado, realmente vem para mudar a história.
E o Léo Lima no São Paulo, alguém viu? Já se apresentou. E o que querem saber mesmo é se Guiñazu vem ou não. Esse, sim, é o que interessa para muita gente.
E a novela Flamengo/Vágner Love/Palmeiras? Triste de acompanhar.
Passamos por mais um fim de semana, o terceiro sem partidas oficiais e o penúltimo antes da retomada. Qual a principal notícia do domingo? O Jogo das Estrelas, com Zico e Romário juntos.
A tendência é melhorar. Falta só uma semana para alguns times se apresentarem. Na segunda que vem, Roberto Carlos chega ao Corinthians. Pelo menos as coisas começam a se movimentar um pouco. Aliás, o Corinthians precisa ser movimentado. Ou então os sites se auto-destruirão se continuarem a colocar como manchete do clube a última postagem do Mano Menezes no twitter.
O ano tem 12 meses. Durante 11 o futebol tem assunto. E como é chato enfrentar o único mês em que nada acontece.

Nenhum comentário :

Postar um comentário