A Copa do Brasil caminhava para uma reedição da final de 1997 quando, em 10 pênaltis, avançou seis anos para repetir 2003. Cruzeiro e Flamengo compõem, em 2017, uma decisão bem mais improvável do que há 14 anos, quando o time mineiro sonhava com a tríplice coroa que alcançaria no final daquela temporada e o Rubro-Negro, entre acertos e erros, vivia o polo positivo.
Deveria a Copa do Brasil repetir 1997 pela consistência gremista, muito mais que a cruzeirense no contexto e muito menor nos 90 minutos de partida no Mineirão, sobretudo nos 45 minutos finais, quando o time de branco (aliás, por que o Cruzeiro jogou de branco??) esteve melhor, mais objetivo e com maior sede de buscar os gols que lhe dariam a classificação. Conseguiu o gol e a classificação no que erroneamente chamam de loteria.
O Grêmio priorizou sempre a outra competição. Poupa no jogo desta para se guardar e estar bem na outra. Perdeu a chance de se aproximar de um disparado Corinthians no Brasileiro ao empatar em casa com o Atlético-PR porque se poupava para a Copa do Brasil.
Na Copa do Brasil se poupou para a Libertadores?? Porque na Libertadores não dá para se poupar para o Mundial...
E não tem loteria. Tem capacidade, competência e cabeça no lugar em um momento decisivo. Porque os 7,32 por 2,44 metros ficam bem pequenos quando o pênalti vale vaga na final. O Cruzeiro não foi excepcional nas cobranças, mas teve mais competência. e teve Thiago Neves.
Em 2003 venceu o contexto na final. Não há contexto em 2017. O que havia ficou pelo caminho
Teremos uma final aberta.